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Qual a importância da Reciclagem de Resíduos Têxteis?

reciclagem de resíduos têxteis

Você já ouviu falar de roupas recicláveis? A busca por peças feitas a partir da reciclagem de resíduos têxteis promete ser uma tendência cada vez mais comum nos próximos anos.

A indústria da moda movimenta muito dinheiro, produtos e ideias desde seu início. Nos últimos anos, o aumento das discussões sobre os impactos ambientais de diferentes segmentos econômicos tem suscitado iniciativas para tentar reduzir a produção de gases e resíduos poluentes em cada etapa do processo produtivo.

Reciclagem de resíduos têxteis

Hoje, a indústria da moda é responsável por 8% do total de emissões de gás carbônico na atmosfera, apontado como um dos poluentes mais responsáveis pela catástrofe climática. Isso faz dessa indústria a segunda mais poluente, ficando atrás apenas do setor petrolífero.

O poliéster, uma das fibras mais populares utilizadas na produção de roupas, emite anualmente 32 das 57 milhões de toneladas globais. Só no Brasil, a indústria da moda gera por ano 175 mil toneladas de resíduos têxteis, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).

Assim, os impactos das alterações climáticas têm levado os consumidores a buscar produtos e empresas que reduzam ao máximo os impactos socioambientais. Nesse contexto, as roupas ecológicas ganham cada vez mais destaque, além de processos como a reciclagem de resíduos têxteis. Confira mais sobre esse processo a seguir.

Impactos

A criação de roupas ecológicas e o desenvolvimento de processos de reciclagem de resíduos têxteis. Além da emissão de gases poluentes, as atividades industriais da moda geram impactos como o uso de matérias-primas, que levam décadas para se decompor (como o polímero, cuja produção contém derivados de petróleo) e produzir um grande volume de resíduos que muitas vezes acabam não sendo usados.

Alguns processos que podem originar esse excesso de sobras são: o corte de peças sem um preparo técnico de encaixe de modelagem ou o uso de itens como botões, fivelas, fechos e zíperes. Estudos recentes apontam que, semanalmente, as indústrias da moda geram uma média de 41 kg de resíduos têxteis nos setores de corte e encaixe.

Quando não são destinados a empresas capazes de tratá-los, esses resíduos causam (quando são incineradas) poluição de corpos de água (como rios), perda de biodiversidade, poluição química, prejuízos às comunidades que moram nos lugares de onde as matérias-primas são extraídas, poluição do solo a partir da decomposição de alguns materiais (como o couro).

Além de descartar resíduos de tecidos, as confecções também depositam em aterros sanitários grandes quantidades de sobras de insumos como tubos de papelão, agulhas quebradas, papel Kraft usado nos moldes e outros materiais. Esse descarte incorreto sobrecarrega ainda mais os aterros sanitários e impede um bom reaproveitamento desses materiais.

Reciclagem

Mediante tamanhos impactos ambientais, a reciclagem de resíduos tem surgido como um mecanismo para reduzir esses prejuízos. Essa reciclagem não apenas reduz a quantidade de sobras, mas também diminui a utilização de matérias-primas, gerando novos produtos e fontes de renda.

Ao destinar os rejeitos para a reciclagem, os materiais das roupas são desfibrados e podem ser transformados em mantas, fio reciclado, malhas PET, material de enchimento ou isolamento. Vale ressaltar que todos os processos de transformação dos resíduos têxteis devem obedecer à legislação ambiental vigente do local em que ela é realizada.

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Tipos de reciclagem de resíduos têxteis

Basicamente, existem duas formas de reciclar tecidos. Uma delas é a mecânica, que se refere à picotagem de tecido que, após ser rasgado e triturado, é transformada em fardos que podem ser reutilizados pelas indústrias para produzir enchimentos para sofás, carpetes, sacos de boxe, cobertores, entre outros produtos.

A outra reciclagem é a química, que consiste em melhorar as características e propriedades das fibras. Nesse tipo, somente alguns tecidos podem ser reciclados: o poliéster, a poliamida e o elastano (todos derivados do petróleo).

Para que a reciclagem de resíduos têxteis se torne cada vez mais comum e acessível, os consumidores precisam reconhecer a importância e buscar produtos feitos a partir de uma lógica que não comprometa a natureza.